domingo, 11 de abril de 2010

D'outras cousas mais e a pureza

Pueril

Foi uma criança de sonhos e esperança
Que desconhecia que era infantil
Foi essa criança que brotou na vida sem lembrança
Num reforço do sorriso pueril
Foi uma criança que o tempo fez mudar
Para por mil anos continuar a debater-se sobre o senil
Foi uma criança crescer sem parar
Para envelhecer triste e vil
Foi uma criança cheia de esperança e feliz
Outrora sábia criança que já não sabe o que diz
Foi uma criança que deixou de ser pequena
Foi uma criança que de nove viu novena
Até foi uma criança que se deteve acima do percentil
Agora, já sem esperança
Desenvolvida sobre uma consciência pueril.