domingo, 21 de fevereiro de 2010




Venenosa

Mataste-me com o teu sorriso de alma perdida
Por entre os escombros do teu passado
Puxaste-me o tapete que me meteu o chão na boca
Que sequiosa apenas me permitia lamentar a vida;
Agora levanto-me do encantamento apaixonado
Consciente de que és completamente louca.

Tento purgar o teu veneno impregnado no meu olhar
Como fumo negro que me afastou da atmosfera normal
Exilado na campa da morte dos meus sentimentos
Mas estás tatuada na minha língua convidada a murchar
Todo o meu reliquiário da guerra do meu bem com o teu mal
Querer que me torna imbecil na ânsia de te dominar os medos.

Hei-de calar-me para sempre se tu não vieres amantizar-me
Hei-de desistir de desistir se não vieres mostrar-me solução
Para os meus desencontros imediatos contigo
E se não vieres, hei-de calar-me
E cativar nas minhas tripas à tua paixão
Mesmo que ainda me queiras como amigo.