quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

primavera inevitável, desejável, da alma

 São de ferro os arados que me reviram no planalto

da saudade defunta renascida no meio do ódio e da revolta

são de pedra os muros desabados pelo lamento

e que vergaram nos critérios do tesouro do tempo.


Verdes são as aspirações imaturas, impreparadas, imprevistas

outrora fundamentais, tenebrosas e sem calma

São negras, chamadas de sonho e de desejo,

podres agora sem alma e sem almejo.


Ainda espero que a America do Sul me chame

e não mais estanque os meus sonhos no planalto que já

não conheço nem ele me reconhece e lhe sou infame

fui abelha de outra colmeia e sou vespa africana por cá.