sábado, 12 de janeiro de 2013



Junho moço

De Junho quero as noites amenas
A brisa quente das dez e meia
E da serra da Figueira quero as pequenas
Sombras que oscilam na noite de estrelas repleta.

E quero o ar leve da manhã de fim-de-semana
Com o sol brilhante das nove horas certas
E do rio, o som da água que serpenteia
Entre os socalcos verde-rubros destas terras.

E ainda quero as tardes quentes no bairro
As corridas de bicicleta pelas três e pico
E do jardim da vila, a água refrescante da torneira
E os risos das donas à janela nas ruas antigas.

E quero voltar a casa para jantar já tarde
E haver frango e esparguete às oito
E desinfectar os arranhões com mercurocromo
Mesmo a tempo de ver os jogos-sem-fronteiras.