terça-feira, 11 de outubro de 2011

FOME



As Imensas Questões


A multidão atropelava-se
O burburinho ecoava nas ruas e nos becos da cidade
Um trovador ainda cantava,
Bêbedo e desesperado
Algo vinha engrandecer o tempo daquela idade
E nenhum algo era mais imenso
Nem montanha, nem prado.
Antro de dolência faminto e propenso
A guerra estalava em cada um dos homens
Quando o silêncio criou o fim da seriedade cénica
Perante o aparecimento das imensas respostas
Eram eternas e mais que muitas
No dia em que tinham cessado todas as perguntas
Rejubilaram as multidões
Perante as respostas eternas quando já não havia mais questões.
O choro de uma criança purificou o chão imundo
Pois não restavam dúvidas no mundo.
A loucura extrema rebentou.
Tinha começado o último cataclismo.
O fim do mundo tinha começado.