domingo, 19 de dezembro de 2010
Tempo
Tudo pertence ao tempo
E ao seu tempo tudo deixa de pertencer
Quanto tempo dura este tempo
E quantas horas para me arrepender?
Pois o tempo que me ensinou a memória
E a memória que me ensinou a nostalgia
Calmaram a minha senda de vitória
E o meu tempo passou de um ano a um dia
Tudo pertence aos relógios, às clepsidras da vida
Cada ponteiro esgueirado pela Terra vigora
Em pensamentos sem solução nem saída.
Vulgarizo-me então nesta mesma hora.
Também pertenço ao tempo
E na memória, embalo o meu lamento.