sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Ninguém bebe por tristeza
Meio tempo
Estou farto deste mundo e da maior parte das pessoas que conheço
O primeiro não difere muito do próximo mundo que irei odiar
Às pessoas apenas lhes prometo que não as esqueço
Mas esta minha faculdade começa-me já a atormentar
Mesmo a barriga mais vazia fica um ventre dilatado
Este mundo revolta em mim a um ser ainda mais acanhado
E cheguei a pensar que amanhã não pensaria assim…
Estou farto das pessoas que conheço e do mundo em mim!
Já não tenho paciência… e tudo o que oiço parece escusado,
Nem o engenho nem a ciência poderão quem sabe, solucionar…
Este mundo a cimentar a idiotice fútil,
Trágica e cómica que proíbe pensar.
Olhei para trás aqui há uns dias.
Percebi que a culpa ainda era minha.
Isto não presta para nada. Não importa!
Importante é sonhar.
Mas injusto é cada dia em que vejo a falsidade vencer
Mas já não me enoja como antigamente, agora vomito de imediato!
Fecho a porta!
Falo em morrer.
Sacudo as migalhas da barba, leio o semanário do hipócrita
E pergunto-me: onde é que eu já vi esta merda?
No fim, um sorriso fará todo o sentido...